Entidades do Electronic Body Music estão com datas agendadas até março do próximo ano
Por Luiz Athayde
Um dos pilares do Electronic Body Music (EBM) Front 242 anunciou o fim do seu hiato nos palcos. Ao menos por enquanto, os belgas irão rodar apenas por terras próximas, com datas entre 2019 e 2020.
Confira:
2019
03/10 Amanger, Copenhagem, Dinamarca
04/10 Ääniwalli, Helsinki, Finlândia
05/10 BodyFest Nalen, Estocolmo, Suécia
16/11 Schwarzer Ball, Zurique, Suíça
30/11 MMC, Bratislava, Eslováquia
1/12 Akváruim Klub, Budapeste, Hungria
2020
10/01 PMD Werk2 Halle D, Leipzig, Alemanha
11/01 Meet Factory, República Checa
07/03 Parc Scientifique Créalys, Bélgica
13/03 De Kreun – Kortrijk, Bélgica
O grupo foi formado em Aarschot, Bélgica no começo dos anos 1980 por Daniel Bressanutti e Dirk Bergen, e logo tomou forma com a entrada de Jean-Luc De Meyer no comando dos vocais. Ainda em sua fase inicial, chamavam sua música de Electronic Body Music (EBM), o que acabou dando origem a mais um subgênero da música eletrônica, influenciando incontáveis nomes do synthpop e do industrial aos longo dos anos, com sua curta, mas marcante discografia. Teve álbuns como Official Version (1987) Front by Front (1988) e Tyranny For You (1991) editados no Brasil via carimbo Stilleto e estiveram duas vezes por essas terras; em 2003 no (extinto) Tim Festival em São Paulo e Rio de Janeiro, e no ano de 2015, também nas duas cidades. Na vinda dos belgas em 2003, a versão da música “Headhunter” feita pelo grupo de funk Bonde do Tigrão intitulada “Melô do Tigrão” se encontrava no auge. Em entrevista à BBC Brasil, o vocalista Jean-Luc de Meyer não demonstrou nenhum interesse em ouvi-la.
“Não, obrigado. É um remix, e sei de cabeça, pelos remixes que conheço, que apenas um ou dois, entre os milhares que existem, são melhores que o original. Não quero perder meu tempo. Sei que o resultado é sempre inferior”, fulmina o Jean-Luc.
E ao saber que os funkeiros não apenas samplearam a introdução, como surrupiaram toda a base de “Headhunter”, o vocalista dispara:
“Acho injusto samplear uma parte longa de uma música. Nós próprios sampleamos muitas coisas, não músicas de outras pessoas, mas sim sons de tudo quanto é canto. Isso é criação. Mas samplear uma parte inteira de uma música está mais próximo do roubo do que do ato de criar”.
Assista o vídeo de “Headhunter”: