Promissora banda de Vermont, EUA, sucede seu excelente álbum de estreia, ‘Memorial’
Por Luiz Athayde
O Thus Love não está para brincadeira. Mal editaram seu álbum de estreia, Memorial, especificamente em outubro do ano passado pela Captured Tracks, e já voltaram com música nova: “Put On Dog”.
Curta, ácida e direta ao ponto, a faixa serve como pano de fundo para o vídeo dirigido por Min Soo Park. “Em 2023 a auto-expressão ainda é um desafio”, diz a banda. “Na década de 1920, ‘Put on the Dog’ era um termo cunhado para expressar o se vestir elegantemente à perfeição. Dos antigos anos vinte aos novos anos vinte, estamos trazendo de volta, mas desta vez para os gays.”
Engatando as atividades promocionais, em fevereiro a banda embarca para o Reino Unido para ser ato de abertura da turnê do Dry Cleaning e Dehd, e volta aos Estados Unidos no mês seguinte para se apresentar no New Colossus Festival.
Assista ao vídeo a seguir:
Sua formação é um daqueles famosos frutos do acaso. Configurado com Echo Marshall (vocal, guitarra), Nathaniel van Osdoll (baixo) e Lu Racine (bateria), a gênese se dá quando Marshall é convidado por um amigo a fazer uma jam na serigrafia de Racine. Após Echo mostrar um esboço de composição na guitarra para a baterista, a conexão estava feita.
Van Osdol veio logo na sequência e, durante a pandemia do Covid-19, os três se mudaram para um apartamento de um quarto na minúscula cidade de Brattleboro, em Vermont, e trabalharam no que se tornou Memorial.
Racine comentou (via The Guardian): “Parecia ser a coisa mais fácil de se fazer, e também a mais divertida […] Vamos criar um disco, porque [temos] todo o tempo do mundo, não há literalmente mais nada a fazer.”
Ainda que etiquetada como pós-punk, a sonoridade do Thus Love é uma junção de experimentações sônicas e experiências pessoais. Cortesia da afeição de van Osdol por jazz, a de Marshall com seu background clássico como violoncelista. Além de se identificarem como transgêneros. “Para nós, THUS LOVE é muito mais do que uma banda”, comentou o grupo que se rotula suas músicas como “queer post-punk”.
E continuam: “Todos viemos de pequenas cidades sem muitas pessoas como nós, e só quando chegamos em Brattleboro e começamos a tocar música juntos é que encontramos uma comunidade para realmente chamar de nossa.”
Não há dúvidas que os multi-instrumentistas de Vermont ainda têm muita lenha para queimar. Para mais novidades sobre a banda, acesse os respectivos links: