Antes de se tornar Philips, Gebara comandou edições discográficas na Forma de nomes como Ivan Lins e Baden Powell
Por Luiz Athayde
Morreu na manhã desta segunda, 1º de julho de 2019, em decorrência de um câncer, Wadi Gebara, uma das forças motrizes da extinta gravadora Forma. Seu corpo será velado a partir das 13h de terça-feira, 2 de julho, no cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.
Gebara entrou para o mapa da música após se tornar sócio de Roberto Quartin (1943 – 2014), criador da Forma, em 1964. Entre 12 e 7 polegadas, lançou mais de 70 discos de 1964 a 1972, de nomes como Baden Powell, Moacir Santos, Ivan Lins, Quarteto em Cy, Vinicius de Moraes, além de editar as trilhas sonoras dos filmes Deus e o Diabo na Terra do Sol e Esse Mundo é Meu. Em 1968 a Forma se tornou Philips e posteriormente Universal Music, levando também todo o seu catálogo.
Sua paixão por Jazz e Bossa Nova fomentou seu idealismo perante a gravadora. “A Forma foi um tremendo sucesso de ideias e um tremendo fracasso de vendas. Graças à ingenuidade e à inexperiência, fomos capazes de fazer algo realmente importante na nossa música”, disse em Gebara em entrevista.
A fim de manter o legado, jornalista Renato Vieira está escrevendo um livro contando a história da Forma, ainda sem data prevista para lançamento.