Grupo capitaneado pelo icônico King Diamond não se apresenta desde 1999
Por Luiz Athayde
Há poucas horas muitos metaleiros foram pegos de surpresa com uma bombástica notícia: a lendária banda dinamarquesa Mercyful Fate irá retornar aos palcos em 2020. O anúncio foi feito para o festival Copenhell na Dinamarca, mas ao que tudo indica, mais datas foram fechadas para o verão (do hemisfério norte) do ano que vem.
Para as apresentações, a formação será praticamente a do álbum 9, lançado em 1999 – King Diamond (vocais), Hank Shermann (guitarras), Mike Wead (guitarras), Bjarne T Holm (bateria) – à exceção do baixo, que irá contar com Joey Vera (Armored Saint/Fates Warning) enquanto Timi Hansen se encontra ausente.
Em nota, o grupo comentou a adesão temporária do baixista:
“Pedimos a Joey Vera (Armored Saint, Fates Warning) para preencher a vaga porque ele tem um estilo muito original tocando com os dedos, soando muito parecido com o de Timi Hansen. Isso é muito importante, já que o repertório irá consistir apenas em músicas do primeiro “mini LP”, do álbum “Melissa” e o “Don’t Break The Oath”, além de algumas músicas novas escritas especificamente nesse álbum, muito mesmo estilo.
Isso vai ser muito do Mercyful Fate do começo, exceto por uma nova produção em grande escala.
Nos vemos na Ponte Arruinada [em alusão à letra ‘Come to the Sabbath’ do álbum Don’t Break the Oath, de 1984]
Stay Heavy”
Formado em 1981 na capital dinamarquesa Copenhague, o grupo surgiu das cinzas do Black Rose de King Diamond (Kim Bendix Petersen), mais orientado para o hard rock, e da banda punk Brats, que contava com os guitarristas Hank Shermann e Michael Denner; completaram a formação Timi Hansen (baixo) e Kim Ruzz (bateria).
Com letras calcadas no terror e no ocultismo – então em voga no cenário metálico dos anos 80 –, o grupo se destacou pela extrema técnica de seus integrantes e pelo visual de King Diamond, que seria ainda mais enfático na sua carreira solo. Influência de 9 entre 10 bandas do gênero, passaram por algumas, mas significativas mudanças na formação entre demos, eps e 7 aclamados álbuns de estúdio.
A banda veio ao Brasil em três ocasiões: em 1996, incluindo a terceira edição do Monster Of Rock em São Paulo, em janeiro de1998, rodando cidades nunca antes tocadas como Recife, Belo Horizonte e Catanduva, e para um único show em São Paulo no Halloween Club, antes de, poucos meses depois, entrar em um longo hiato.