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Fields of the Nephilim: neste dia, em 1990, “Elizium” era lançado

Foi a tomada de ares mais progressivos do grupo britânico

Por Luiz Athayde

Hoje, o terceiro álbum dos forasteiros do rock gótico Fields of the Nephilim completa mais um ciclo de resistência. Neste exato dia, em 1990, a cultuada banda de ares Western soltava Elizium, último registro antes da primeira ruptura, editado pela Beggars Banquet.

Ainda contando com a formação clássica, Carl McCoy (vocais), Tony Pettitt (baixo), Paul Wright (guitarras), Peter Yates (guitarras) e Alexander “Nod” Wright (bateria) entraram nos estúdios Park Gate, Battle, Astoria e Hampton Court, na Inglaterra, e juntamente com Andy Jackson – nada menos que o produtor e engenheiro de som do Pink Floyd e Roger Waters – para dar uma visão evolutiva ao seu trabalho iniciado no seu segundo  álbum, The Nephilim, de 1988.

Fields of the Nephilim em 1990 (Foto: Getty)

Lançando mão de uma sonoridade naturalmente mais progressiva, os elementos obscuros também ganharam destaque; cortesia da eterna influência da banda por nomes como The Doors e Ennio Morricone, aumentando a distância entre as tradicionais falanges góticas do mesmo período.

Com a veia ocultista fluindo mais do que nunca, a faixa “At The Gates of Silent Memory” apresenta falas do mago Aleister Crowley com a mesma fluidez que os flertes de McCoy com a mitologia suméria, como em “Sumerland” e “Wail of Sumer”.

Inclusive a primeira rendeu single com uma versão diferente da presente no disco, intitulada “Dreamed Version”, lançada em novembro de 1990, rendendo 37º posição nas parada britânica.

“For Her Light” veio antes, de julho do mesmo ano, entrando no Top 40 britânico. Apesar de ser uma banda de status “cult”, ou seja, com enorme respeito no underground, mas ainda distante do mainstream, mídias especializadas como o AllMusic classificaran o Elizium como o melhor álbum do grupo, carimbando 4 estrelas e meia de 5.

Capa da primeira prensagem do single ‘Sumerland’ em 12 polegadas

E o disco surpreende também por ser um algo totalmente à parte dos lançamentos da classe de 1990, mesmo com o Zeitgeist gótico ter sido tomado pela adição de novas influências; The Mission migrava para o pop, The Sisters of Mercy inseria elementos de hard rock, e a nova onda de bandas góticas buscavam resgatar a pegada direta, com uma sonoridade mais tradicional.

Ainda assim, a aposta da Beggars Banquet teve seu álbum lançado no Japão, Canadá, Alemanha, Polônia, (a hoje extinta) Checoslováquia e Reino Unido. Além de algumas edições piratas pelo Leste Europeu.

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