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Timothy and the Apocalypse – Fragments

Sucessor do álbum ‘Ethereal Event’ chega recheado de deliciosas ambiências eletrônicas

Por Luiz Athayde

A cada evento de proporções catastróficas, como a atual guerra na Ucrânia, e claro, a pandemia do coronavírus, a sensação é de que o mundo está acabando. E se isso está realmente acontecendo, ao menos desse lado, a trilha será Fragments, o mais novo álbum de Timothy and the Apocalypse.

Timothy and the Apocalypse (Foto: Divulgação)

O alter ego é do compositor e músico australiano Timothy Pouton, um entusiasta dos sons eletrônicos e suas variantes mais, digamos, viajantes. E o título de seu registro faz jus às suas inúmeras influências, que não necessariamente incluem somente música feita por sintetizadores.

O registro traz 10 “fragmentos” em forma de batidas quebradas ou não, ambiências psicodélicas e melodias que flutuam tão bem quanto uma boa canção dreampop. No cenário eletrônico dos anos 90, isso seria facilmente rotulado como chillout. E é: “Adventures of a Nymphoid Barbarian” e “Incurable”, dois dos pontos altos do play, provam que o legado de nomes como Aphex Twin, 808 State e The Orb continuam mais vivos do que nunca. Embora “Aeroplane Hold” seja uma excelente escolha para iniciar o ouvinte.

No âmbito cinemático, ainda temos “Wheels of Misfortune”, trazendo uma belíssima melodia vocal em tom etéreo, como em um desfecho de um drama… pós-apocalíptico. Outra faixa que não daria para deixar de comentar é a envolvente “Love is Going to Get You”. Soando alternativa, ou quase um híbrido entre a fase britpop do Paradise Lost e algum momento eletrônico do Chapterhouse, ela te ‘pega’ logo nos primeiros segundos. Cortesia do remix feito pelo Floating Pyramids.

Ainda que se trate de um nicho do nicho, ou seja, um frame do vasto universo que é a música eletrônica, o novo trabalho deste artista de Sydney foi feito para as massas, e no melhor dos sentidos. Afinal, o que é extremamente bom não merece ficar preso ao underground. E se depender de Fragments, o voo de Timothy pode ser bem maior e, quem sabe, antes do fim do mundo.

Ouça o álbum na íntegra abaixo, no Spotify.

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