Ex-Cachorro Grande se prepara para lançar sucessor de ‘A Elasticidade do Tempo’
Por Luiz Athayde
Rod Krieger acabou de soltar mais uma prévia videoclíptica de seu próximo álbum de estúdio, A Assembleia Extraordinária. Trata-se do single “Este Comboio Não Para em Arroios”, uma espécie de viagem instrumental pela estrada que liga Sobral do Parelhão a cidade de Bombarral, em Portugal.
Ele comenta o tema em nota: “A maioria dos artistas que me inspiram, ou me influenciaram de alguma forma, já tiveram músicas instrumentais, e alguns deles já até se arriscaram a compor álbuns. E este é um caminho que estou a trilhar, passo a passo”.
Seu título de vem uma frase do metrô, que se repetia todas vezes que passava pela estação de Arroios, em Lisboa. Em comunicado, o ex-baixista do Cachorro Grande revela que a composição tem origem no seu primeiro instrumento, a guitarra. “O volume dos instrumentos era muito alto e isso colaborou para que nascessem canções mais pesadas”, recorda.
Quanto as influências que regeram a música, Rod Krieger faz conexões naturais com Brasil e Portugal. Afinal, o músico se divide entre os dois países.
“Nesta época, o disco que fazia a trilha sonora das minhas caminhadas até o estúdio era A Página do Relâmpago Elétrico, do Beto Guedes e o Com Uma Viagem na Palma da Mão, do Jorge Palma, dois álbuns que influenciaram todo este meu momento. E numa dessas idas e vindas aos ensaios, peguei o celular do bolso e gravei a voz que tanto ressoou nos meus ouvidos”.
O clipe tem direção assinada pelo próprio artista, com imagens captadas pelo fotógrafo Daryan Dornelles e Thais Pimenta (Café8 Music). Ele segue o conceito iniciado em “Cai o Sol e Sobe a Lua”, ou seja, como um filme experimental capitulado pelas faixas do álbum.
Krieger explica: “O trajeto percorrido durante o vídeo pode ser chamado de ‘o caminho da aprovação’, pois foi durante esse percurso que ouvi as misturas do álbum e as versões das músicas que estavam a surgir no processo de composição do disco”.
E acrescenta: “Como faz parte de um filme que vai ser ilustrado com vídeos das músicas do álbum, a ideia de aparecer de costas foi pelo fato da música ser instrumental. Pensei que seria interessante brincar com isso. E as referências do vídeo, acabaram sendo o próprio áudio, como se as cenas fossem se encaixando. Outro ponto interessante é que o disco, os vídeos, capas e símbolos acabam se encontrando em algum momento, e a cada processo que avanço crio uma interferência no outro. Trabalhar com todas essas frentes tem sido uma experiência estimulante”.
Confira o resultado a seguir.
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