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Foto: Udo Salters

Morre Pharoah Sanders, pilar do spiritual jazz, aos 81 anos

Saxofonista norte-americano era detentor de um estilo único, além de ter colaborado com grandes nomes do gênero

Por Luiz Athayde

Um dos ícones do jazz, Pharoah Sanders, faleceu neste sábado, aos 81 anos. A triste notícia veio através de um post nas redes sociais da sua gravadora Luaka Bop, dizendo que ele “morreu pacificamente rodeado por seus adorados familiares e amigos em Los Angeles na manhã de hoje.”


Suas credenciais foram tantas que caberia e bem, um livro. Nascido em 1940 na cidade de Little Rock, no Arkansas, Sanders era multi-instrumentista – clarinete e bateria foram seus primeiros instrumentos –, mas foi no saxofone onde ficou conhecido por levar sua música além dos limites.

Não à toa, ele não gostava muito de ser chamado de músico de jazz. “Eu faço world music ”, disse à Folha em 1997, pouco antes de aportar no Brasil para se apresentar no Free Jazz Festival, na capital carioca.

A lista de nomes do qual tocou e colaborou é imensa, sendo obrigatório citar a banda de John Coltrane, do qual tocou entre 1965 e 1967, Don Cherry, padrasto de Neneh, Sun Ra e Ornette Coleman. Além de ter gravado, por exemplo, o seminal álbum Journey In Satchidananda (1970) com Alice Coltrane.

Ainda que não gostasse de rótulos, Sanders foi o pilar do chamado spiritual jazz; uma espécie de mescla de ritmos étnicos, especialmente indiano e africano, e religiosos não-cristãos, também trazendo aspectos do free jazz.

E liberdade era um mote: seu último álbum de estúdio foi Promises. Uma colaboração com o ato eletrônico Floating Points e o The London Symphony Orchestra. Mas a sua obra que mais reverberou foi “The Creator Has a Master Plan”, do álbum Karma, lançado em 1969.

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