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Luiz Schiavon ao vivo com o RPM. (Foto: Reprodução/Facebook)

Morre Luiz Schiavon, tecladista e fundador do RPM, aos 64 anos

Músico travava batalha contra uma doença autoimune há 4 anos

Por Luiz Athayde

Faleceu nesta quinta-feira (15), aos 64 anos, Luiz Schiavon, tecladista e fundador da banda RPM. O músico sofreu complicações durante uma cirurgia no Hospital São Luiz, em Osasco; parte de sua batalha contra uma doença autoimune há 4 anos.

Em comunicado feito pelas páginas oficiais, a banda infirma que “a família decidiu que a cerimônia de despedida será reservada para familiares e amigos próximos e pede, encarecidamente, que os fãs e a imprensa compreendam e respeitem essa decisão.”

E acrescenta: Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações.

Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele.”


Nascido em 5 de outubro de 1958, Luiz Schiavon começa sua vida na música aos 7 anos, ao estudar piano erudito. Em 1977 se forma no Conservatório Mário de Andrade, em São Paulo. Aos 16 anos conhece Paulo Ricardo e formam o Aura, embrião do que viria a se tornar um dos maiores sucessos nacionais dos anos 80.

Já como RPM, trazendo o guitarrista Fernando Deluqui e o hoje também saudoso baterista Paulo ‘P.A.’ Pagni, unem influências do rock progressivo e especialmente do vigente synthpop britânico e carimbam o álbum Revoluções por Minuto (1985).

O apogeu se dá com o Rádio Pirata ao Vivo (1986), registro que traz sucessos estrondosos como “Revoluções por Minuto”, “Rádio Pirata” e “Olhar 43”. Além de apresentar as inéditas “Naja” (fantástica instrumental) e “Alvorada Voraz”; e as versões para “London, London”, de Caetano Veloso, e “Flores Astrais”, da banda Secos & Molhados.

A partir daí surgiu a primeiras de muitas separações, que nesse espaço de tempo rendeu álbuns tanto ao vivo quanto de estúdio, em especial Quatro Coiotes (1988), que apesar da consistência e das boas vendas (250 mil cópias), foi considerado um fracasso.

Luiz Schiavon era, além de tecladista, compositor, condutor de música e arranjador. Fora o RPM, suas assinaturas incluíram trilhas para novelas, como O Rei do Gado e Terra Nostra, e também artistas nacionais, a exemplo de Cássia Eller e a dupla sertaneja João Paulo & Daniel.

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