Em 2020, o guitarrista e compositor inglês dava a deixa em exclusiva para o Blog Atmosphere
Por Luiz Athayde
A classe sônica de 2022 viu o bombástico projeto HOST alcançar a luz do dia – ou algo próximo disso, tendo em vista sua sonoridade cinzenta. O mesmo é capitaneado pelo guitarrista e compositor inglês Gregor Mackintosh, e tem ao seu lado o vocalista Nick Holmes.
A alcunha foi extraída do disco homônimo da banda principal de ambos, o Paradise Lost, quando esta flertava ferozmente com o synthpop e o rock alternativo dos anos 90. No entanto, os dois primeiros aperitivos, “Tomorrow’s Sky” e “Hiding From Tomorrow”, mostraram uma cara nova, ainda que baseada nos nomes clássicos do pós-punk/gótico.
Quem acompanha a carreira dos britânicos sabe que esta abordagem está longe de ser uma novidade. Mas, no ano de 2020, Mackintosh, em entrevista exclusiva para o blog The Atmosphere, já dava a deixa de uma retomada àquele período criativo, singular e então controverso; já que estamos falando da conservadora esfera metálica.
Na época, o grupo editava seu décimo sexto álbum de estúdio, Obsidian, onde trazia tais elementos. “Influências não foram discutidas antes que começássemos a compor o álbum”, disse Greg ao jornalista Bruno Rocha. “Nós apenas concordamos que deveria ser mais variado em relação ao lançamento mais recente (Medusa, 2017)”
Sobre as influências regidas ao longo da carreira, Mackintosh não perdeu tempo e citou logo os pilares do gênero: “Tem vários. Siouxsie and the Banshees, The Sisters of Mercy, Southern Death Cult (The Cult), Christian Death, a fase inicial do The Cure, Bauhaus, Depeche Mode, Dead Can Dance…”, revela.
Ele ainda diz que “todas estas bandas têm diferentes elementos que eu admiro e que me inspiram de várias maneiras. Lisa Gerrard e Brendan Perry (Dead Can Dance) são os mestres da fluidez e da dinâmica, indo do mais silencioso sussurro até o crescendo mais bombástico”, ao mesmo tempo em que conta como nomes ainda maiores o ‘ajudam’ a moldar suas composições:
“Gore (Martin, Depeche Mode) compõe os sucessos mais pegajosos. Robert Smith (The Cure) e Siouxsie me ajudaram a compreender as sutilezas para criar paisagens sonoras. Sisters me mostrou que simplicidade pode às vezes ser melhor. Mas todas estas bandas pintam imagens com suas músicas e é isto que eu almejo fazer.”
IX é o título do registro (cheio) de estreia do duo, e está agendado para sair em 24 de fevereiro pelo carimbo da Nuclear Blast Records. Sua pré-venda já se encontra disponível digitalmente e em edições especiais para os colecionadores de plantão; incluindo os formatos CD e vinil. Clique aqui.
Leia a entrevista na íntegra acessando o blog The Atmosphere neste link.
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