Seminal baixista foi mais uma vítima do gênero a morrer por complicações do COVID-19
Por Luiz Athayde
A avançada idade e a pandemia do coronavírus têm formado uma combinação mortal para artistas do jazz. Agora quem partiu foi o baixista e um dos seminais do Free Jazz, Henry Grimes, aos 84 anos, reportou o WBGO.
Grimes vivenciou o olho do furacão criativo do jazz, ao trabalhar com nomes, como Thelonious Monk, Pharoah Sanders, Benny Goodman, Sonny Rollins e lista interminável.
Devido a problemas financeiros, sua prolífica carreira foi interrompida no desfecho da década de 60, retornando somente em 2002, após ser encontrado pelo assistente social, Marshall Marrott, que lhe deu um baixo usado por William Parker.
Seu retorno aos palcos foi em meados de 2003, se apresentando no Vision Festival, em Nova Iorque. Grimes também voltou a gravar, lançando uma série de álbuns colaborativos, sendo US Free: Fish Stories, com Bill McHerry e Andrew Cyrille, e Mission In Space, com Scott Robinson Spacetette e Marshall Allen, ambos de 2014, seus últimos registros discográficos.