“Eu não dava autógrafos pra taxistas há mais de 30 anos!”, disse o músico
Por Luiz Athayde
A aparição do The Cure no Rock And Roll Hall Of Fame ainda está dando o que falar. Em entrevista dada no tapete vermelho durante a cerimônia, uma empolgada Carrie Keagan diz: “Parabéns pela indicação do The Cure ao Rock & Roll Hall of Fame de 2019, você está tão empolgado quanto eu?”
Robert Smith, visivelmente sem compartilhar da mesma alegria, responde: “Ao que parece, não.”
Comentando sobre o vídeo no programa Debatable da SiriusXM, Smith comentou que achava a coisa toda absurda, mas (brincando) disse que poderia ter sido pior: “Estou feliz por não ter dito o que ia dizer!”
Sem acreditar na reação ao vídeo, ele acrescenta: “Eu estava no estúdio em Londres e pessoas que eu conhecia há mais de 25 anos me pediam selfies! Eu pensei, o que está acontecendo? Motoristas de táxi me pediam autógrafos – eu não dava autógrafos pra um taxista há mais de 30 anos!
A coisa foi totalmente absurda. Era como se eu tivesse entrado em algum tipo de Crepúsculo do Tempo por cerca de 48 horas. Foi totalmente bizarro”.
“Eu não sei o que significa viral, porque sou avesso a tecnologia. Isso me fez rir porque neste momento entramos para o Rock & Roll Hall Of Fame e de todas as coisas que fizemos, todas as coisas que estamos celebrando, essa coisa a única que foi mencionada por pessoas com quem eu não falava há décadas.
“Alguém mostrou pra mim [o vídeo] no aeroporto, dizendo que centenas e milhares de pessoas estão olhando. Percebe-se que há uma pausa pra pensar em algo para dizer que não seja nem um pouco ofensivo e fosse neutro… E saiu isso.”
Fora a indicação do Rock & Roll Hall Of Fame, The Cure está em estúdio gravando o novo álbum que segundo Smith soará “sombrio e incrivelmente intenso”, e também preparando o lançamento do filme dirigido por Tim Pope do show no Hyde Park de julho do ano passado, a ser lançando ainda esse ano.