Debut oficial se mostra tão amplo quanto diversificado
Por Luiz Athayde
The Carrie Armitage Quartetretornou com mais um compilado de viagens sônicas nas plataformas digitais. Trata-se de seu autointitulado e, oficialmente, álbum de estreia.
Na linha de frente está, claro, a musicista e produtora canadense Carrie Armitage. Ela é uma entusiasta não somente pela infinita esfera jazzística, como também pelas incontáveis possibilidades oferecidas pela música eletrônica.
O registro apresenta quinze faixas, arranjadas e produzidas por ela. A mixagem é assinada por Anton Evans, enquanto o processo de masterização ficou a cargo de Erman Aydöner.
Acompanham Armitage, os guitarristas Brian May e Bob McAlpine; o baixista Mitch Starkman; e o baterista Gary Craig. Todos presentes no outrora A Side, disco de 2022 convertido neste em questão.
Mas, falando do que realmente interessa, que é música, o lance aqui é jazz fusion. Tudo bem que essa etiqueta abrange um mundo, porém, é nítido que a musicista possui um tino impressionante para melodias.
Às vezes, parece que estamos imersos em um álbum de space rock, outras tantas, em um disco de rock progressivo. Claro, tudo por um viés jazzístico. Como coisas feitas pelo norueguês Nils Petter ou o clássico Return to Forever, de Chick Corea.
Na dúvida, vá com o balanço de “Planet 9”, na viajante “The Heartbeat Potential” ou na profunda “ORBIT L2”. Embora o conjunto da obra te obrigue naturalmente a ouvi-lo na íntegra. A seguir: