Faixa apresenta a participação especial da cantora americana Denise King
Por Luiz Athayde
O baixista e compositor de jazz Stéphane Manga acabou de lançar seu mais novo álbum de estúdio, Mangassiko (“Manga”, seu nome + “Assinko”, dança popular do sul do Camarões, seu país natal), disponível nos formatos físico e digital.
Ele sucede Muna, lançado em 2021, e se apresenta como uma espécie de marco na sua jornada discográfica, iniciada em 2009 com o álbum Massoma.
Em outras palavras, trata-se de mais um caso onde gêneros musicais e culturas dispensam barreiras para formar uma unidade sônica envolvente e desafiadora.
Ao longo das 14 faixas (incluindo uma reinterpretação para “Actual Proof”, de Herbie Hancock), há, tanto momentos intricados cheios de groove – nada diferente vindo de quem é um ás do contrabaixo – quanto passagens melódicas que dificilmente saem da cabeça. Cortesia de abordagens que passam por pela música africana e latina em geral.
As gravações foram realizadas ao vivo no Studio du Regard, mixadas no Marcadet Studio e masterizadas no La Villa Studio. Para esta feita, Manga contou com músicos do mundo todo: Mario Canonge (piano) Leonardo Montana (piano), Baptiste Herbin (sax), Irving Acao (sax), Arnaud Dolmen (bateria) e Luc Isennmann (bateria).
Sem mencionar o multi-instrumentista Mike Stern, emprestando seu talento no baixo e na guitarra; e a cantora Denise King. É ela que dá o tempero em “Seven”, carro-chefe do álbum, regado a boas doses de virtuosismo.
Confira a seguir:
A trajetória profissional de Stéphane Manga remonta na França, em 1997, quando foi convidado para acompanhar artistas (alguns lendários, inclusive) em turnês e em estúdios, como Roy Robi ( The Platters), Manu Dibango, Mike Stern, Dany Brown, Mario Canonge, Paco Sery e muitos outros.
No âmbito solo, são cinco discos cheios, sendo um de versões, Tribute to Manu Dibango (2020). Neste, Manga homenageou o lendário músico compatriota trazendo vários nomes da música africana e caribenha como convidados.