Músico norte-americano sofria de uma forma rara de câncer
Por Luiz Athayde
O jazz acaba de sofrer mais uma enorme perda. Morreu nesta terça-feira, dia 9 o pianista americano Chick Corea, aos 79 anos. Somente agora, nesta quinta-feira (11), que a notícia foi divulgada, através das redes sociais do músico.
Em longo comunicado é revelado que a causa foi um tipo raro de câncer, diagnosticado muito recentemente; além de destacar como ele também era fora dos palcos; “um marido, pai e avô amado, e um grande mentor e amigo de muitos”.
Na mesma publicação há a mensagem do próprio Corea:
“Quero agradecer a todos aqueles ao longo da minha jornada que ajudaram a manter o fogo da música aceso. É minha esperança que aqueles que têm a idéia de tocar, escrever, atuar ou de outra forma, o façam. Se não por você, então pelo resto de nós. O mundo não precisa apenas de mais artistas, mas também de muita diversão.
E para meus incríveis amigos músicos, que são como uma família para mim desde que eu os conheço: foi uma bênção e uma honra aprender e tocar com todos vocês. Minha missão sempre foi levar a alegria de criar em qualquer lugar que eu pudesse, e ter feito isso com todos os artistas que eu admiro tanto – esta tem sido a riqueza da minha vida.”
A biografia de Armando Anthony “Chick” Corea é tão extensa que daria livro, filme, série. Nascido em Massachusetts, Estados Unidos, na classe de 1941, sua galeria sônica inclui 23 prêmios do Grammy e mais de 60 indicações ao longo da carreira.
A lista de músicos do qual o pianista tocou ou colaborou com arranjos e composições também não cabem no gibi: de Miles Davis a Stan Getz;Herbie Hancock, Flora Purim, Airto Moreira. Além de criar suas próprias formações, como The Chick Corea Elektric Band, The Chick Corea New Trio e Return to Forever, lhe rendendo grande prestígio, também por ser parte integrante – e fundamental – do nascimento do jazz fusion e outras variantes.