Lenda das baquetas morreu ontem aos 80 anos de idade
Por Luiz Athayde
Após um período em estado crítico no hospital, Ginger Baker faleceu ontem (06) aos 80 anos de idade. Baker era uma das imagens marcantes comandando as baquetas do Cream, uma das mais importantes falanges do rock do anos 60, mas sua carreira se estendeu para também fomentar seu nome no mapa sônico através de inúmeras outras colaborações e projetos, como Blind Faith, Masters of Reality, Ginger Bakers’s African Force e o seminal músico nigeriano Fela Kuti, para citar alguns.
Como não poderia deixar de ser, músicos, incluindo ex-companheiros de banda lembraram o lendário baterista através de suas redes sociais, como o também ex-Cream Jack Bruce, que disse: “… sobrevivendo a um relacionamento de amor e ódio, Ginger era como um irmão mais velho de Jack, a química deles era realmente espetacular. RIP Ginger, um dos maiores bateristas de todos os tempos.”, escreveram em perfil oficial no Twitter.
Seu filho e também baterista Kofi Baker agradeceu pelas mensagens de carinho recebidas compartilhando uma postagem mais antiga. “Outro dia, tive uma linda visita ao meu pai … conversamos sobre lembranças e música e ele está feliz por manter seu legado vivo”, escreveu Kofi. “Nosso relacionamento foi consertado e ele estava em um lugar pacífico. Obrigado a todos pelas amáveis mensagens e pensamentos. Eu amo meu pai e sempre sentirei sua falta.”
Os integrantes vivos dos Beatles Paul McCartney e Ringo Starr prestaram homenagens.
“Ginger Baker, grande baterista, cara selvagem e adorável. Trabalhamos juntos no álbum ‘Band on the Run’ em seu ARC Studio, Lagos, Nigéria. Triste ouvir que ele morreu, mas as memórias continuam.” , disse McCartney. “Deus abençoe Ginger Baker incrível músico selvagem e inventivo. Baterista, paz e amor à sua família”, escreveu Starr.
“Triste notícia ao ouvir que Ginger Baker morreu, me lembro de ter tocado com ele muito cedo no Blues Incorporated de Alexis Korner. Ele era um baterista ardente, mas extremamente talentoso e inovador.”, escreveu Mick Jagger.
Das gerações mais “novas”, o multi-instrumentista e compositor do Flaming Lips Steven Drozd foi mais poético ao compartilhar a notícia postada pelo Pitchfork: “Cara… outro marcador para o fim de uma era de ouro. Uma supernova da bateria.”