Jovem formação de Gold Coast busca sair da zona de conforto das influências tradicionais do estilo
Por Luiz Athayde
Quando o papo é pós-punk, geralmente não há meias palavras: é baixo, guitarra, bateria e, às vezes, alguma camada de teclados. Contudo, o ato Aussie The Lonesomes vem tentando se aventurar por outras sonoridades, mesmo que o resultado final soe familiar.
É o caso de seu mais novo single, “Locket”. Os inevitáveis The Cure e Joy Division se encontram presentes, mas abriram espaço para abordagens que passam por EDM, drum and bass e hip hop.
“Sabíamos que tudo o que fizéssemos ainda soaria como nós”, disse o vocalista/baterista Matt Callan em nota. “Queríamos experimentar além da nossa zona de conforto habitual e explorar estilos que as pessoas talvez não esperassem da gente”.
Ele continua: “Embora as influências clássicas do pós-punk permaneçam, ampliamos nossa paleta para manter as coisas diferentes. Não queremos ser aquela banda que lança a mesma música 100 vezes, por isso tentamos fazer com que cada lançamento seja diferente do anterior, o que nos mantém atentos.”
O resultado é no mínimo de fazer a alegria dos sombrios de plantão. Inclusive pelo videoclipe, dirigido pelos três integrantes. A faixa tem produção assinada por George Carpenter (Delta Riggs, Drug Cult) e a masterização a cargo de Joseph Carra, conhecido por ter trabalhado com King Gizzard & The Lizard Wizard.
Este é apenas o terceiro single da banda formada durante a pandemia de Covid-19 e que conta com Kesh Head (guitarra) e Harley Jones (baixo).
Por outro lado, o trio da bela Gold Coast possui uma boa rodagem ao vivo, entre shows pequenos e festivais. A lista de grupos que eles dividiram os palcos inclui correligionários alternativos locais como Dune Rats, The Chats, Bad Dreams, Mini Skirt e a cantora Ruby Fields.