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The Cure: neste dia, em 1985, “The Head on the Door” era lançado

Menos psicodélico, mais pop, disco seminal da classe de 85 mantém intacto o jeito feliz-triste de sempre do líder Robert Smith

Por Luiz Athayde

A discografia do The Cure é tão diversificada dentro de sua própria esfera quanto seminal. Após um disco influenciado pelas drogas trazidas pelo saudoso batera Andy Anderson, a banda liderada por Robert Smith voltou com uma nova formação e uma pegada mais pop em The Head on the Door.

No lugar de Andy, entra o ex-Thompson Twins Boris Williams, já nas 4 cordas, Phil Thornalley – que anos depois iria integrar o Johnny Hates Jazz como vocalista – cede o posto para a volta de Simon Gallup. Este com as pazes devidamente feitas com Smith.

Porl Thompson, que havia tocado na na turnê do The Top, teve finalmente sua carteira assinada no novo álbum, além Lol Tolhurst nos teclados.

The Cure em 1985

O processo de gravação de The Head on the Door ocorreu durante o ano de 1985, no Angel Recording Studios em Londres. Sua inspiração se deve, em especial, aos álbuns Kaleidoscope, da Siouxsie and the Banshees, e Dare, do grupo eletrônico The Human League.

“[O álbum] Me lembra o Kaleidoscope, a ideia de ter muitas coisas com sons diferentes, cores diferentes”, disse Robert Smith quando promovia o disco. E continua: “’Kyoto Song’ tem uma pegada oriental enquanto que ‘The Blood’ foi tocada no estilo flamenco.”

Mas as influências não se limitaram aos álbuns citados. Smith ainda mencionou This Year’s Model, de Elvis Costello; Low, da trilogia de Berlim de David Bowie; Mirror Movies, da banda Psychedelic Furs, e até mesmo Rattus Norvegicus, dos Stranglers.

Somente dois singles saíram dali: In Between Days, em 15 de julho, ou seja, um aperitivo antes do lançamento de “The Head…”, e Close to Me, no dia 9 de setembro; ambos hits instantâneos, com direito a videoclipe e tudo.

E também, melhores posições nas paradas: 3º na Holanda, 6º na Austrália, 7º no Reino Unido, 11º na Nova Zelândia, 15º na Alemanha e número 59 de 200 na Billboard.

Dos veículos musicais especializados, a Melody Maker ovacionou Robert Smith pela “liberdade de criar um álbum multifacetado”, sendo inclusive considerado o melhor disco do ano pela revista.

Capa do single In Between Days

Originalmente lançado em 1985 via carimbo Fiction (e Elektra nos EUA), no Brasil The Head on the Door também chegou no mesmo ano via Polydor. E com status de banda grande.

Em 2006, a Universal reeditou o álbum em uma versão remasterizada com várias demos e faixas ao vivo daquele período, incluindo demos de quatro B-sides: “The Exploding Boy”, “A Few Hours After This”, “A Man Inside My Mouth” e “Stop Dead”. Além de mais quatro faixas inéditas.

Nos Estados Unidos essa mesma edição saiu pela Rhino Entertainment/Elektra Records.

Ainda:

+ Duas vezes disco de ouro na França, uma no Reino Unido e também nos Estados Unidos.

+ A faixa ‘Sinking’ é uma sobra dos tempos de Faith, de 1981.

+ Em 1996 o Smashing Pumpkins lançou sua versão para ‘A Night Like This’ em seu single ‘Bullet with Butterfly Wings’.

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