Mais pop do que nunca, falange sueca ainda traz o lado-b “Pearl Machine”, ouça

Por Luiz Athayde

Desde seu último álbum de estúdio, Portico (2014), a banda dream/jangle pop The Mary Onettes parece se concentrar em lançamentos sucintos, mas igualmente inspirados. E o mais novo exemplo é seu novíssimo single “Easy Hands”.

Sob um line-up coeso formado por Philip Ekström (vocais, guitarra), Henrik Ekström (baixo), Petter Agurén (guitarra), Simon Fransson (bateria), a falange sueca de Jönköping ainda trouxe, no lado b, a quase instrumental “Pearl Machine”.

De um lado, uma canção condizente com o modus operandi do que convencionou-se a ser chamado de indie: melodioso, viajante e com generosas camadas “paisagísticas” protagonizadas pelos teclados. E claro, endossadas pelo teor etéreo de Philip. Aliás, o próprio comentou o tema:

“Depois de muito tempo me sentindo artisticamente insatisfeito, “Easy Hands” ganhou vida quando percebi que fazer arte é realmente quem eu sou. Não posso escapar a isso. Mas para continuar com isso, preciso ser simpático comigo mesmo. Este é o núcleo da letra por trás de ‘Easy Hands’.”

Já do outro, percebe-se um esboço descompromissado de psicodelia moderna, ambiente e reluzente como o próprio título revela: “Máquina de Pérola”. Tranquilamente um dos melhores momentos discográficos do grupo.

O novo registro dos suecos chega poucos meses depois do EP What I Feel in Some Places, e a exemplo dos trabalhos anteriores, traz uma bela capa, aqui assinada pela irmã de Philip, Jennie Ekstrom.

Ouça sem moderação a seguir: