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Imagem: Reprodução/Youtube

Synthpop como antigamente: Nation of Language volta com o bombástico single e vídeo “This Fractured Mind”

Formação do nova-iorquina prepara sucessor do ainda fresco ‘Introduction, Presence’, de 2020

Por Luiz Athayde

Synth, pop e como se fazia antigamente. Sim, o grupo nova-iorquino Nation of Language está aí mais uma vez para provar que pode ir além de um mero emulador dos anos 80.

Se trata do single e vídeo “This Fractured Mind”, quarto aperitivo do futuro álbum A Way Forward, agendado para sair do forno em 5 de novembro por carimbo próprio, ou seja, independente.

Formado na classe de 2016, grupo é composto por Aidan Noell (sintetizadores), Michael Sui-Poi (bateria) e o vocalista e performer Ian Richard Devaney, que inclusive compartilhou em nota, suas reflexões sobre a nova canção:

“Depois que larguei a faculdade, passei vários anos entregando pizzas e servindo mesas enquanto morava em casa e tentava seguir uma carreira musical. A pessoa acaba passando muito tempo lutando com sonhos não realizados e sentindo inveja daqueles que seguiram em frente. Existe um complexo de inferioridade que pode se instalar [e], se não for controlado, pode levar a um caminho bastante amargo e autodestrutivo. Esta é uma canção que guia por esse caminho, enquanto a indecisão, a saudade e o arrependimento se transformam em mania, até que, finalmente, no final, a aceitação silenciosa e a paz passam.

Quanto à gravação em si… Para esses movimentos posteriores, nós brincamos com gravadores, rodando coisas em velocidades diferentes e às vezes ao contrário, falando sobre o [álbum] ‘Disintegration Loops’ de William Basinksi e tentando ver como poderíamos alcançar um ambiente sombrio e etéreo similar, mas em um espaço menor em relação ao dele. Este em particular serve como um bom exemplo de como, no álbum como um todo, queríamos encontrar um equilíbrio entre a interminabilidade motora constante e momentos ambientais mais espaçosos.”

Embora gerados no Brooklyn, a exemplo do álbum anterior, o trio se deleita nas fontes britânicas que geraram nomes como Depeche Mode, Blancmange e Orchestral Manoeuvres in the Dark (OMD); mas importante dizer: todos dos seus dias iniciais.

Nas apresentações ao vivo, Ian encarna uma espécie de Frank Tovey da classe trabalhadora, mas com todas as nuances românticas que por vezes o estilo pede.

O vindouro registro sucede o empolgante Introduction, Presence, também lançado sob o mote “faça você mesmo” (D.I.Y.) no pandêmico ano de 2020, mas, dado o que rolou até aqui, teremos mais um petardo na ótima sala de 2021.

Por ora, confira confira o resultado abaixo. Produção dirigida por James Thomson.

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