Pink Industry está definitivamente fazendo escola, mas seus alunos Yankees estão tentando ir além
Por Luiz Athayde
Eis que dois anos após o excelente autointitulado debut, os nova-iorquinos radicados em Los Angeles do Second Still voltam a dar o ar da graça com mais um álbum.
Originalmente formado no Brooklyn em 2016 por Ryan Walker (guitarras) e Alex Hartman (baixo) após terem se conhecido em Los Angeles por volta de 2007, a dupla gravou algumas demos instrumentais enquanto não achava a vocalista ideal, até conhecerem Suki San. No mesmo ano gravam seu primeiro EP Early Forms antes de se estabelecerem como banda em Los Angeles.
Em 2017 lançam seu primeiro e autointitulado full lenght, contando com rearranjos de algumas músicas do EP de estreia mais algumas totalmente inéditas, ganhando um notável reconhecimento dentro do underground. No seu mais novo álbum Violet Phase, as mudanças foram significativas, mas percebe-se um esboço de “marca” na sonoridade da banda. As influências estão ali; desde a inevitável Siouxsie & The Banshees aos ecos de um Pink Industry mais voltado para esfumaçadas pistas de dança, como as primeiras faixas “Mouse” e “New Violet”. Das velozes, a empolgante “Double Negative”.
O momento mais obscuro aparece com a etérea “Spiders & Spies”, e mesmo a também dançante “Special No One”, apesar de todo seu clima de suspense. “Eternal Love” é só não é “uma faixa clássica” do Second Still porque eles ainda estão no seu segundo disco, mas é de se apostar que ela saiu de alguma sobra de gravações antigas. Com uma bela e gélida melodia, “Idyll” encerra o álbum no melhor estilo Coldwave old school, e, de certa forma, dizendo que logo menos tem mais; até porque pouco mais de 28 minutos de duração nunca serão suficientes para um grupo que soube mesclar suas influências sem soar pastosa.