Músico e produtor escocês segue intercalando entre singles independentes e registros de poucas faixas
Por Luiz Athayde
Mais um EP na praça de um dos ases das ambientações. Não faz muito tempo (2022, na verdade) que Robin Guthrie lançou seu último trabalho nesse formato.
Ao mesmo tempo isso faz pouca diferença, já que nesse ínterim, ele andou compartilhando faixas soltas, ou “perdidas”, como ele mesmo se referia às composições mais antigas. Incluindo “Two Tiger Heartbeats”, de 2018, lançada somente em maio deste ano.
Agora ele chega com Atlas, um registro composto por quatro faixas, que ao todo sequer chegam aos 15 minutos. Além de dar sequência ao que sempre fez com maestria: trilha sonora para tempos cinzentos e baixas temperaturas. No caso, na França, onde ele reside atualmente.
Tanto que a arte abstrata da capa é uma fotografia tirada em algum lugar da cidade de Angoulême; sede do maior festival de quadrinhos da Europa e do Musiques Métisses, este voltado para o jazz.
Novamente, esqueça conexões mais diretas com a banda que lhe rendeu nome, Cocteau Twins. Por outro lado, tanto a faixa-título quanto “Metropol”, “Without a Word” e “La Perigrina” garantem uma viagem curta, mas daquelas; regadas a nuances acústicas e generosas camadas de teclados.
E para quem ajudou a inventar a roda do shoegaze do dream pop, tais elementos nunca são demais. Bom, ao menos até aqui.
Ouça Atlas na íntegra neste link (Spotify) ou a seguir.