Uma das figuras máximas dos Mutantes vinha lutando contra o câncer de pulmão desde 2021
Por Luiz Athayde
Rita Lee, a rainha do rock brasileiro, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos. A notícia veio por suas páginas oficiais e do seu companheiro, o músico e compositor Roberto de Carvalho, informando que ela faleceu em sua residência, “cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou.”
Rita se encontrava em tratamento contra o câncer de pulmão, doença diagnosticada em 2021.
Nascida em 31 de dezembro de 1947, Rita Lee Jones era natural de São Paulo, filha de Charles Jones, filho de imigrantes do sul dos Estados Unidos, e da italiana Romilda de Padula. Foi com ela que teve seu primeiro contato com a música, já que sua mãe era pianista.
No âmbito profissional, ou na tentativa de, fez parte do trio vocal Teenage Singers, que ao se dissolver ela entrou para o Six Sided Rockers, grupo embrionário dos Mutantes, gerado oficialmente em 1966 por Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.
Seu período junto aos Mutantes foi o mais relevante da banda, gravando cinco álbuns seminais, como Os Mutantes (1968) e A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970)
Ao se sentir “fora” de sintonia do grupo – e também no sentido amoroso com Arnaldo Baptista – ela partiu para a carreira solo. Foi aí que surgiu a banda Tutti Frutti. Aliás, impossível não citar “Agora só falta você”, do álbum Fruto proibido, editado em 1975.
Musicalmente, o marido Roberto de Carvalho aparece em 1979, e é quando se forma uma carreira de enorme sucesso, calcado em músicas voltadas para o lado mais pop do rock, por assim dizer. Destaque para o álbum homônimo de Rita Lee, lançado em 1979, onde trazia hits como “Mania de Você”, “Doce Vampiro” e “Chega mais”.
Dos prêmios, Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa com 3001 (2000), e Excelência Musical pelo conjunto da obra, em 2022. Seu último álbum foi o Reza, de 2012.