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Jaga Jazzist volta com o inspirado álbum ‘Pyramid’ e apresenta vídeo da faixa “Apex”

Álbum acabou de sair pelo carimbo Brainfeeder

Por Luiz Athayde

Cinco anos. Foi o tempo de duração do hiato discográfico da rapaziada do Jaga Jazzist. Coletivo sui generis do novo jazz norueguês, que inclusive revelou o conhecido e pesado spin-off Shining, de Jørgen Munkeby e vez ou outra empresta o baixista e produtor Even Ormestad para o A-ha; só para citar alguns exemplos.

Entre o delicioso álbum de 1996 Jævla Jazzist Grete Stitz e o (você precisa ouvir!) Starfire, editado em 2015, foram incontáveis registros entre discos cheios, singles e EPs; além de giro pelo globo terrestre, chegando a incluir o Brasil na rota.

Jaga Jazzist (Foto: Divulgação)

De lá para cá, alguns esboços, mas nada de um álbum propriamente dito. Até agora. Enfim (enfim!) Pyramid aterrissa na pandêmica classe de 2020.

Embora o tempo considerável entre um disco e outro, o novo petardo dos noruegueses soa como uma extensão natural do lançamento anterior, mas ainda trazendo novos elementos, que, como deve mandar a tradição, está nas entrelinhas sônicas, repletadas de nuances, viagens e muito groove – um dos pontos fortes do coletivo.

“Tomita”, “Spiral Era” e a quase kraftwerkiana “The Shrine” cumprem bem os seus papeis em mesclar Nu Jazz/Fusion e Space Rock, mas ao jeito nórdico, claro.

Mas a faixa que ganhou vídeo promocional foi a que estrategicamente encerra – ou seria “quero mais” ? –, “Apex”. Pegada indie/disco fantástica, digna de qualquer pista de dança que se preze; e com todos os tempos e contratempos que a canção pede, diga-se.

A produção audiovisual ganhou vida pelos diretores Johnsen e Mona, com performances da dançarina Marianne Haugli se alternando entre a fria arquitetura local e uma das várias florestas ao redor de Oslo.

Confira:

Por mais clichê que soe nos dias de hoje, nem só de black metal vive e a Noruega, e para quem acompanha o cenário jazzístico daquele gélido país, sabe que aquela geografia é uma das mais prolíferas e avant garde no que diz respeito ao que os ex-escravizados norte-americanos criaram lá nos anais do século 20, e Pyramid veio para reforçar o verdadeiro significado da palavra evolução. Discaço.

Ouça o álbum completo no Spotify:

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