Além do álbum de estreia, poetisa experimental também irá soltar outros registros de seu catálogo
Por Luiz Athayde
A cantora, compositora poetisa e instrumentista Diamanda Galás adquiriu no ano passado os direitos de seu vasto catálogo. Com isso, a liberdade para reeditar qualquer disco e da maneira que for apropriada.
E é exatamente isso Galás está preparando, a começar pelo seu álbum de estreia The Litanies of Satan, de 1982.
Gravado em seis semanas em Stoke Newington, Londres, pelo produtor Dave Hunt, o registro foi calcado na poesia homônima de Charles Baudelaire; entre grunhidos e experimentações eletrônicas, resultando em um clima macabro e agonizante, e também lançando mão de uma nova experiência para quem ouve.
O álbum chegou a ser relançado em 1989, somente no mercado norte-americano, e agora ganha nova versão remasterizada por Galás juntamente com o engenheiro de som Heba Kadry, e sairá no dia 1º de maio via carimbo Intravenous Sound Operations, nos formatos CD e LP.
Além dos relançamentos, a artista californiana também promete o sucessor de All the Way, de 2017, para julho deste ano. Segundo Galás, o novo álbum será uma peça de piano de 21 minutos intitulada Deformation.
Ela descreve o novo material como “uma marcha e entrega de soldados mutilados e infectados para hospitais e armazéns industriais em toda a Alemanha durante e após a Primeira Guerra Mundial. Nos hospitais, os mutilados receberiam operações experimentais e os infectados seriam confinados para proteger o bem-estar mental e a saúde física dos cidadãos do Estado.”
The Litanies of Satan já se encontra para pré-venda neste link.