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The Cure: neste dia, em 1992, “Wish” era lançado

Grupo britânico entrava nos anos 90 mais feliz do que triste

Por Luiz Athayde

Neste dia, na classe de 92, o The Cure lançava seu nono álbum de estúdio, Wish, na mesma data do aniversário de seu mentor, o vocalista e guitarrista Robert Smith.

Editado pelos carimbos Fiction (Reino Unido) e Elektra (EUA), o álbum foi gravado no estúdio inglês, The Manor, nos arredores de Oxfordshire, e teve novamente a assinatura de David M. Allen – The Damned, The Psychedelic Furs, Neneh Cherry e outros registros do Cure – e Smith na produção.

The Cure em 1992 (Foto: Niels van Iperen/Getty Images)

Já a formação, após alguns anos de estabilidade, sofreu novas alterações: foi o último registro do baterista Boris Williams e o guitarrista Porl Thompson, ao mesmo tempo em que Perry Bamonte chegava para ocupar os teclados e as seis cordas por um longo período.

Feito isto, a banda britânica adentrava na década de 90 com uma sonoridade mais fresca em relação ao melancólico de aura gótica, Disintegration (1989); embora tenha traços “alegres” de Kiss Me Kiss Me Kiss Me (1987), resultando em mais uma peça alternativa de caráter pop.

O primeiro single a ver a luz do dia foi “High” (16 de março de 1992), seguido pelo mega sucesso “Friday I’m in Love” (11 de maio de 1992), semanas após do lançamento do álbum – 1º lugar na parada alternativa da Billboard ianque, cadeira cativa nos programas radiofônicos, incessante exibição videoclíptica nas MTVs mundo afora, incluindo o Brasil e claro, trilha garantida nas festinhas de escola… Era o The Cure “feliz-triste” em seu ápice.

Capa do single ‘Friday I’m In Love’ (Imagem: Reprodução)

O terceiro e último single extraído do álbum foi “A Letter to Elise” (5 de outubro de 1992), explicitamente inspirado no livro Letters to Felice, de Franz Kafka.

Dentre as várias críticas positivas, a Rolling Stone escreveu na época: “Dado o seu culto por milhões, o Cure oferece o único tipo de otimismo que faz sentido”. Suas 1,2 milhões de cópias vendidas resultaram na nomeação de Melhor Álbum Alternativo do Grammy de 1993.

Nas paradas: 6º lugar na Alemanha, 3º na Nova Zelândia, 2º álbum mais vendido na Billboard 200, dos Estados Unidos e 1º no Reino Unido e Austrália; disco de ouro no Canadá, Nova Zelândia, Suíça, Reino Unido e disco de platina na Austrália e Estados Unidos.

Wish teve lançamento mundial, licenciado em vários países fora do tradicional eixo EUA-Europa e Japão. No Brasil, o mesmo chegou nos formatos LP duplo, Cassete e CD via Polygram.

Ainda:

+ Em 16 de novembro de 1993, uma tiragem limitada do EP Lost Wishes foi lançada em cassete, contando com 4 faixas novas.

+ O b-side “The Big Hand” (de A Letter to Elise) era pretendida para ser um single, mas por relutância de Boris Williams, que não queria a faixa de jeito nenhum em Wish, mal foi tocada ao vivo na época.

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