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Robin Guthrie (Cocteau Twins) comemora 60º aniversário lançando novo EP; “Springtime”

Incansável “trabalhador” das ambientações abre 2022 com feixes de post-rock

Por Luiz Athayde

Prolífico, incansável, fluido. Esses são alguns dos adjetivos adequados para um dos mentores do Cocteau Twins; o músico, compositor, produtor escocês e sobretudo, aniversariante do dia, Robin Guthrie.

Robin Guthrie, 60 primaveras hoje (Foto: Divulgação)

Mal começamos 2022 – ainda com a cara sisuda de 2021 – e lá vem ele com mais um trabalho, o EP Springtime. 4 faixas, como preferível, mas sem muitas surpresas; ambient, ethereal, com pinceladas de trilha sonora aqui e nuances alternativas acolá.

Neste lançamento, o sessentão de mão cheia, ou melhor, de mente entupida de ideias, sucede o inspirado play estendido Riviera (inclusive medalha de ouro nas escavações sonoras do Class Of Sounds, leia mais aqui), mas mostrando alguns feixes de luz de post-rock entre as suas tradicionais nuvens cinzentas musicais.

“Kino’s Chance”, a faixa de abertura, é a prova que se não fosse Guthrie, nomes como Ulrich Schnauss e  Explosions in the Sky dificilmente estariam por aí. Não com suas respectivas configurações. Também vale citar o apelo cinemático de muitas de suas canções, que conversam mais com dramas independentes do que a mega esfera hollywoodiana. E “The Faraway” é uma das que seguem por esse caminho.

Na sequência, “Another Part of Nowhere”. Aquele tipo de composição que poderia estar em qualquer lançamento solo do músico escocês, meio que por se tratar de uma canção típica; ambiente, melancólica, mas principalmente angelical. Não chega a ser Enya, mas isso também está longe de ser um problema. Muito pelo contrário.

A primavera (springtime) continua, ou, ao menos por aqui, se encerra com “All For Nothing”; cara de créditos finais de um curta shoegazer, que também instiga o ouvinte para o que virá a seguir.

Hoje Robin Andrew Guthrie completa 60 anos, mas quem ganhou o presente são seus seus fãs, ouvintes, seguidores. E não me refiro somente a este disco, mas toda uma carreira de registros seminais e intensamente envolventes; seja ao lado de Liz Fraser e Simon Raymonde, ou  em voo solo, incluindo, obviamente, as colaborações. E no melhor dos sentidos, Springtime é apenas uma extensão disso tudo, só que no modo redux. No aguardo da próxima estação.

Ouça o EP na íntegra pelo Bandcamp, ou abaixo no Spotify.

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