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Beastie Boys: neste dia, em 1989, “Paul’s Boutique” era lançado

Um dos álbuns dos Beasties mais cultuados entre público e crítica

Por Luiz Athayde

Hoje, o segundo álbum do Beastie Boys completa mais um ano de vida. Composto totalmente por samples, Paul’s Boutique foi gravado no apartamento de Matt Mike, e no Record Plant em Los Angeles, entre 1988 e 1989; e tem produção assinada pelos Dust Brothers e o “quarto integrante”, o brasileiro Mario Caldato Jr.

Mesmo mostrando uma sonoridade inovadora e mais madura em relação ao seu antecessor, Licensed to Ill, o álbum não foi um sucesso de vendas; ao menos em relação aos executivos da Capitol Records, que esperavam no mínimo bater o disco de estreia.

Como se não bastasse, o grupo gastou cerca de 1,4 milhões de dólares em direitos para uso dos samples, essencialmente de funk/soul dos anos 70 e 80; além de uma quantia razoável em estúdio. Sobre a concepção do álbum, Adam Yauch comentou:

“Os Dust Brothers tinham um monte de música juntos, antes de chegarmos para trabalhar com eles. Como resultado, muitas das faixas vêm de músicas que eles planejaram lançar nos clubes como instrumentais –  ‘Shake Your Rump’, por exemplo. Eles montaram algumas batidas, linhas de baixo e linhas de guitarra, todos esses loops juntos, e ficaram surpresos quando dissemos que queríamos rimar, porque achavam que era muito denso. Eles se ofereceram para desmembrá-lo apenas em batidas, mas queríamos todas essas coisas lá. Eu acho que metade das faixas foram escritas quando chegamos lá, e a outra metade nós escrevemos juntos.”

Quanto aos singles, somente Hey Ladies. A arte da capa (e encarte) de Paul’s traz uma fotografia panorâmica da Ludlow Street, tirada da 99 Rivington Street, creditada à Nathanial Hörnblowér, mas tirada por Jeremy Shatan.

7 polegadas do single “Hey Ladies” (Foto: Discogs)

Como o tempo costuma ser justo com alguns lançamentos, dez anos depois veio, enfim, o reconhecimento. Vide as inúmeras resenhas favoráveis ao álbum e boas posições nas listas “melhores de”.

Em resenha para a Rolling Stone, David Handelman disse que as músicas eram “impulsionadas pela interação hábil de três vozes e um tornado poético de imagens com samples musicais e igualmente distantes”.

Já Robert Christgau em seu “Christgau’s Record Guide”, escreveu: “a velocidade da inconstância e os riffs vindos do nada irão surpreender você”.

Ainda:

+ 5º lugar nos “Melhores Álbuns da década de 1980” da Slant Magazine.+ Número 37 em “Os 100 Maiores Álbuns Americanos de Todos os Tempos” pela Blender.
+ 2º lugar no “Hip Hop’s 25 Greatest Albums” do Ego Trip (1980–1998)
+ Número 156 em “Os 500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos” da Rolling Stone.
+ Número 12 no “100 Greatest Albums, 1985-2005” da Spin.
+ 74º lugar no “Top 100 Albums” da VH1.
+ Número 98 no “100 melhores álbuns de todos os tempos” da Q Magazine Readers.
+ 3º lugar no “Top 100 Albums of the 1980s” do Pitchfork.
+ Selecionado como um dos “200 Discos Essenciais de Rock” da revista Rolling Stone.

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